Mais de 60 sindicatos e movimentos sociais pedem a condenação do presidente Jair Bolsonaro, no Tribunal Penal Internacional de Haia, por genocídio. Sob a liderança da Rede Sindical UniSaúde, o grupo levou a denúncia no domingo (26). O entendimento é de que a autoridade máxima do País ignorou as orientações técnicas nas ações relacionadas à pandemia do novo coronavírus.
A argumentação é de que o presidente praticou crime contra a humanidade ao incentivar ações que aumentam os riscos de contaminação, além da recusa em implementar políticas de proteção para as minorias. O documento contém 64 páginas.
A análise do tribunal pode levar meses para acontecer. Portanto, uma eventual abertura de investigação formal contra Bolsonaro tende a ser um caminho longo.
Entre as atitudes tomadas pelo presidente que foram destacadas no documento estão: as aglomerações provocadas por ele, suas aparições públicas sem máscara e as declarações que minimizaram a gravidade da Covid-19. Vale lembrar que Bolsonaro chegou a chamar a doença de “gripezinha”. Também foi citado o veto da obrigação do governo em garantir acesso à água potável e leitos aos indígenas durante a pandemia.