O dólar estava presente em cerca de 90% dos acordos comerciais entre China e Rússia em 2015. No final do ano seguinte, entretanto, houve uma queda de 10%. A partir de então, em cada ano teve redução entre 3% e 4%. Até que em 2019, com o começo da guerra comercial entre os chineses e os Estados Unidos, o novo tombo levou o número a 51%. O cenário de baixa continua nos tempos atuais.
A moeda norte-americana chegou a aparecer em apenas 46% das transações envolvendo russos e chineses no primeiro trimestre de 2020. De acordo com o jornal russo Izvestia, foi a primeira vez que o uso do dólar na relação entre os dois países ficou abaixo da metade do total.
Ganharam espaço, neste cenário, o euro e o yuan. A moeda europeia teve aumento de 8% no que diz respeito à sua frequência nas relações sino-russas no mesmo período do ano passado, atingindo 30%. Já a moeda da China esteve presente em mais de 17% das operações. No caso do rublo, dinheiro russo, houve a manutenção do valor nos últimos três anos: uma média de 7%.