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Fim de programas de auxílio e tendência de novos desempregos preocupam economistas

Arquivo/Agência Brasil

Para o mês de junho, em razão da pandemia mundial do novo coronavírus, esperava-se mais fechamentos de vagas do que realmente aconteceu. Contudo, o cenário não é animador, ao menos no entendimento de especialistas consultados pelo site G1.     

“As pessoas já estão desempregadas, só que elas não estão procurando emprego e, portanto, não aparecem na estatística como desempregadas”, alerta José Márcio Camargo, economista-chefe da Genial Investimentos. 

Camargo afirma que, apesar de haver uma sensação de que “o fundo do poço passou”, a taxa de desemprego não deve cair. 

“Pelo contrário. Vai subir porque as pessoas não estão procurando emprego por causa do isolamento social”, projetou. 

Programa promovido pelo governo, o Auxílio Emergencial compensou parte das perdas na massa salarial da população. Mas, a ajuda tem data para ser encerrada. Um fim que assusta o futuro de quem ainda segue inserido no mercado de trabalho e dos que buscam retornar.  

“Quando o programa acabar, existe uma dúvida se o empresário vai estar com fôlego para sustentar a folha de pagamento”, aponta Rodolpho Tobler, economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). 

O Brasil perdeu 10,9 mil vagas formais em junho. As projeções indicavam um número dez vezes maior. No entanto, o primeiro semestre do ano registrou a redução de 1.198.363 postos de trabalho. 

A Genial Investimentos prevê o aumento de mais de cinco pontos percentuais na taxa de desemprego no encerramento de 2020. Isto significa que os 12,9% de maio virariam algo próximo de 18%.