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Ministério do Meio Ambiente propôs desconsiderar meta sobre preservação da Amazônia

Valter Campanato/Agência Brasil

Desconsiderar as metas de redução do desmatamento. É o que propõe um documento enviado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) ao Ministério da Economia (ME). O objetivo que se tentou ignorar inclui, por exemplo, a busca por fazer cair em 90% o desmatamento e os incêndios ilegais da floresta Amazônica, entre outros biomas brasileiros, num prazo de três anos. A informação foi publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, nesta terça-feira (4), e confirmada pela TV Globo.

Assinado pelo secretário-executivo Gustavo Biagioni, o ofício – que circulou no governo – é do dia 10 de julho. Entre os argumentos que a pasta apresentou está o volume de recursos disponíveis.

De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, “o controle do desmatamento ilegal demanda ações conjuntas, que estão fora da capacidade do MMA administrar”. Ainda segundo a pasta, com os “recursos orçamentários disponíveis, se torna inviável (a preservação) no espaço temporal proposto”. Por conta disso, a pasta defende a necessidade de modificar o Plano Plurianual de 2020 a 2023, entregue pelo próprio governo ao Congresso e aprovado pelos parlamentares em 2019. O Ministério da Economia respondeu dez dias depois e se posicionou de forma contrária ao pedido.