Uma das lideranças indígenas mais influentes do Brasil morreu nesta quarta-feira (5), aos 71 anos. O cacique Aritana Yawalapiti teve complicações respiratórias causadas pelo novo coronavírus e, mesmo em um hospital de Goiânia, não resistiu, de acordo com informações de seus familiares.
Iano Yawalapiti, sobrinho do líder do Alto Xingú (Mato Grosso), limitou-se a dizer que a “morte está confirmada”. Ativista, Aritana era conhecido por defender os direitos indígenas e proteger a Amazônia. A liderança pertencia ao grupo Iaualapitis e presidia o Instituto de Pesquisa Etno Ambiental do Xingu (IPEAX).
Após uma pescaria, Aritana passou mal. Em seguida, foi internado e ficou no hospital por pouco mais de duas semanas.
A Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) lamentou, em nota, a morte de Yawalapiti: “Cacique desde os seus tempos de juventude, Aritana (71 anos) lutou bravamente, desde a década de 1980, pela defesa dos nossos direitos”, diz parte do comunicado.