Até o encerramento de 2020, São Paulo deverá poder contar com 15 milhões de doses da vacina chinesa contra o novo coronavírus (Sars-CoV-2), que causa a doença Covid-19. O Instituto Butantan receberá o medicamento de forma fracionada a partir de outubro, segundo Dimas Covas, diretor do complexo científico.
Em entrevista à GloboNews na manhã desta quarta-feira (12), Dimas afirmou que o Butantan terá 5 milhões de doses já no décimo mês do ano. Essa quantidade será repetida em novembro e dezembro.
Contudo, para que haja a liberação do uso do produto na população, é necessário que ele passe pelos testes clínicos da Anvisa, que irá aprová-lo ou não. Covas espera que a vacina esteja disponível em janeiro de 2021. O governo paulista havia feito, no final de julho, exatamente esta projeção.
“Eu sou otimista, mas otimista com base nos dados, nos fatos. É uma perspectiva real. É uma perspectiva que tem uma enorme chance de acontecer e, a partir de janeiro, nós termos essa vacina disponível”, declarou o diretor.
Também em outubro, de acordo com Dimas Covas, o Butantan vai receber o material para começar o processo de produção local do medicamento. Assim, a expectativa é de ver a ampliação em larga escala da quantidade de doses disponíveis.
“De forma que, além desses 15 milhões que teremos em dezembro, no primeiro trimestre do ano que vem poderemos ter mais 15 milhões de doses. E, até o primeiro semestre, chegarmos a 60 milhões de doses”, considerou.