As supostas contratações de funcionários fantasmas no gabinete do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) podem ter ocorrido já no primeiro mandato do filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). É o que indica o inquérito da investigação. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) encontrou informações que sugerem a existência da prática a partir de 2001.
O MPRJ aponta, no relatório, que há sinal, “ao menos em tese, do crime de peculato na contratação de servidores de Carlos Bolsonaro”. O pedido dos promotores foi aceito pela Subprocuradoria-Geral de Justiça. Desta forma, está confirmada a abertura de um procedimento investigatório criminal. Em contato com a GloboNews, a defesa do vereador divulgou uma nota, pelo advogado Antonio Carlos Fonseca.
“Em razão do sigilo decretado no procedimento, as informações necessárias para comprovar as tarefas desempenhadas pelos funcionários desde 2001 estão sendo apresentadas ao MP, que inclusive já foi comunicado que o parlamentar está à disposição e empenhado em esclarecer os fatos”, afirma.
Desde julho do ano passado, ao menos oito pessoas foram ouvidas pelos promotores. Funcionários que não apareciam na Câmara por meses estão na lista de investigados. Nem mesmo o crachá de servidor existia em alguns casos. Outros estudavam ou tinham emprego ao mesmo tempo em que estavam nomeados no gabinete de Carlos. O relatório ainda observou a contratação de “servidores com idade elevada, e que moram em outros municípios e até em outros estados, distantes de onde é exercido o mandato do vereador”.