Últimas Notícias

Orlando Silva atribui provável queda do PIB ao ‘boicote’ de Bolsonaro no combate da Covid-19

Divulgação

A economia brasileira sofreu, no segundo trimestre deste ano, o maior tombo já registrado na série histórica. A queda foi de 10,94%, conforme o Índice de Atividade Econômica do Banco Central do Brasil (IBC-Br) divulgado na última sexta-feira (14).

Embora não seja oficial, o indicador é considerado uma “prévia” do desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) – que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. O resultado oficial do PIB do segundo trimestre será divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em 1º de setembro.

Se a retração do PIB se confirmar neste período, o Brasil terá entrado oficialmente em “recessão técnica”, ou seja, recuo do nível de atividade por dois trimestres consecutivos. Nos três primeiros meses do ano – antes, portanto, do avanço da pandemia –, a economia já havia tido retração de 1,5%.

O recuo entre abril e junho de 2020 foi verificado pelo Banco Central na comparação com o primeiro trimestre. O valor foi calculado após ajuste sazonal, uma “compensação” para comparar períodos diferentes de um ano.

“O tombo foi enorme e a responsabilidade é de Bolsonaro”, afirmou, via Twitter, o deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP). Segundo o parlamentar, o presidente “boicotou o combate ao coronavírus, o pagamento do auxílio emergencial e o crédito para micro e pequenas empresas”.

Na semana passada, o mercado financeiro estimou uma retração de 5,62% na economia brasileira em 2020. Já o Banco Mundial prevê uma queda de 8% no PIB do País, enquanto o Fundo Monetário Internacional (FMI) estima um tombo de 9,1% neste ano. Em 2019, segundo dados do IBGE, o PIB cresceu 1,1% – desempenho mais fraco em três anos.

No acumulado dos seis primeiros meses de 2020, de acordo com o Banco Central, o índice de atividade econômica registrou uma redução de 6,28%. Em 12 meses até junho deste ano, os números do BC indicam uma queda do PIB de 2,55% (sem ajuste sazonal).

Nem sempre os resultados do IBC-Br mostraram proximidade com os dados oficiais do PIB. O cálculo dos dois indicadores é um pouco diferente: o índice do BC incorpora estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além dos impostos.