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Lula considera possibilidade de PT ser vice em chapa para 2022

Divulgação/Instituto Lula

“É plenamente possível que o PT não tenha candidato à Presidência”. Foi o que considerou, nesta quinta-feira (20), o ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, para o cenário de 2022, ao ser questionado sobre o ocorrido na Argentina. No país vizinho, Cristina Kirchner, que comandou o governo entre 2008 e 2015, aceitou ser vice na chapa de Alberto Fernández nas eleições de 2019, vencida pela dupla.

“O PT pode ter candidato a vice. O PT pode ser candidato a outra coisa. Isso é plenamente possível”, completou em entrevista concedida ao canal da TV Democracia na internet.

Lula, entretanto, reforçou a tese de que “o maior partido de esquerda da América Latina” é o PT. Ele ressaltou que a esquerda necessita de alguém que conduza bem as relações entre as siglas.

“É preciso ter um candidato que tenha habilidade de tratar os partidos com o respeito que merecem. Não adianta querer brigar com o PT. Não podem querer que o PT abra mão dessa grandeza que o povo lhe deu (nas urnas) a troco de nada. Ou apresenta um candidato maior do que o PT ou não tem chance. As pessoas falam: ‘Olha, eu tenho uma pesquisa que mostra que no segundo turno tem (candidato com) mais voto que o Lula’. Ok, mas, para passar para o segundo turno, tem que passar antes pelo primeiro”, argumentou o petista.

O ex-presidente ainda comentou, mais uma vez, a decisão de Ciro Gomes (PDT) em se distanciar de Fernando Haddad (PT) no segundo turno das eleições de 2018. Naquela ocasião, Jair Bolsonaro (à época no PSL, hoje sem partido) acabou sendo eleito.

“Tenho mais carinho pelo Ciro do que ele tem demonstrado ter por mim. O companheiro Ciro deveria ter ficado no Brasil e ter declarado apoio ao Fernando Haddad. Mas ele preferiu um gesto de rebeldia”, disse.