Alexander Lukashenko quer “medidas mais rígidas” e capazes de defender a integridade territorial de Belarus, também conhecida como Bielorrússia. Para conseguir êxito, o presidente do país europeu ordenou a missão ao seu ministro da Defesa, Viktor Khrenin, neste sábado (22).

Desde a polêmica reeleição de Lukashenko em 9 de agosto, Belarus tem sido palco de uma série de protestos. O presidente – que está no poder há 26 anos – visitou as unidades militares implantadas no Grodno, no Oeste do país, de acordo com um comunicado publicado via Telegram pela presidência. O local onde Alexander esteve é próximo da fronteira polonesa.

O chefe de Estado disser ter constatado “manobras significativas das forças da OTAN na proximidade” das fronteiras bielorrussas, na Polônia e Lituânia. Lukashenko venceu a última eleição com 80% dos votos, mas há contestações que apontam para a existência de fraudes.

Líder da oposição, Svetlana Tikhanóvskaya, de 38 anos, declarou, na sexta-feira, que “o povo bielorrusso nunca aceitará os líderes atuais”. Ela está refugiada na Lituânia. Um dos políticos presos meses antes do pleito foi justamente seu marido, o blogueiro Serguéi Tijanovski, que era candidato. Assim, de última hora, Svetlana, uma jovem professora de inglês que largou o trabalho para cuidar dos filhos, entrou na disputa, tornando-se a esperança daqueles que almejam alternância no cargo máximo do país.