Seis pessoas foram presas na manhã desta segunda-feira (24), em uma ação da Polícia Civil do RJ e do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). Elas são apontadas com envolvimento na morte do pastor Anderson do Carmo. Havia mandado de prisão a outras três que já estavam na cadeia. A deputada federal Flordelis (PSD-RJ), de acordo com a força-tarefa da Operação Lucas 12, é a mandante do crime.
A viúva de Anderson não pôde ser presa por conta da imunidade parlamentar. Isso só seria possível em caso de flagrante.
Foram presos cinco filhos do casal: Adriano, André, Carlos, Marzy e Simone, além da neta Rayane. Apontado como autor dos disparos, Flavio – também filho – já estava na cadeia, assim como o ex-PM Marcos, mas ambos tiveram emitidos os mandados de prisão pela Justiça. Ainda foi denunciado na Lucas 12 um sétimo filho que possui o mesmo nome da Operação – ele também se encontrava preso por conseguir a arma.
Floderlis, segundo a polícia, teria tentado matar o marido pelo menos quatro vezes antes do assassinato a tiros. Em uma dessas ocasiões, houve, de acordo com a conclusão policial, envenenamento na comida.
“A investigação demostrou que toda aquela imagem altruísta e de decência era apenas um enredo para alcançar a posição financeira e política. Depois que ela alcançou esse objetivo principal de chegar à Câmara dos Deputados, ela colocou em prática esse plano criminoso intrafamiliar”, disse o delegado Allan Duarte, da Delegacia de Homicídios de Niterói.
“A gente percebeu que foram realizadas diversas tentativas de envenenamento com doses letais, e esse resultado não aconteceu antes por motivos alheios à vontade dos autores”, explicou Allan, informando que “a principal motivação foi financeira”.
O crime ocorrido na noite de 16 de junho de 2019 terminou com mais de 30 tiros em Anderson do Carmo, na garagem da casa onde o pastor morava com a família, em Pendotiba, Niterói. O nome da Operação faz referência a uma passagem bíblica do Livro de Lucas.