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Por postagens contra Renan Calheiros, Dallagnol é punido com censura pelo CNMP

Divulgação/Marcelo Camargo/Agência Brasil

Por nove votos a um, o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) decidiu, nesta terça-feira (8), punir o ex-coordenador da Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol, com censura. O procurador da República fez postagens nas redes sociais, posicionando-se contra a eleição do senador Renan Calheiros (MDB-AL), em 2019, para a presidência do Senado.

A medida imposta a Dallagnol atrasa a progressão na carreira e serve de agravante em outros processos. As postagens do procurador apresentavam conteúdos como a frase: “dificilmente veremos reforma contra corrupção aprovada”, em caso de Calheiros levar a melhor na disputa. Na eleição, Davi Alcolumbre (DEM-AP) venceu o candidato do MDB.

Também nesta terça, foi enviada uma nova manifestação ao Supremo Tribunal Federal, pela força-tarefa da Lava Jato no Paraná. Procuradores afirmaram que não existiu qualquer omissão ou camuflagem na denúncia que trouxe nomes dos presidentes do Senado e da Câmara na tabela. O contestamento encaminhado ao STF teve como motivo a ação movida pela PGR (Procuradoria-Geral da República) que busca assegurar o compartilhamento de dados da Lava Jato.

“Não cabe à PGR realizar varreduras periódicas nos bancos de dados do MPF – da força-tarefa ou de qualquer outra unidade – a fim de aferir se a competência do STF está ou não sendo violada pela atividade-fim de procuradores da República”, diz a força-tarefa no documento.