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Feminicídios voltam a crescer em SP durante a pandemia

Divulgação/Marcos Santos/USP

Um levantamento realizado por G1 e GloboNews divulgou dados alarmantes sobre o feminicídio em São Paulo. Houve aumento de casos deste crime durante a pandemia e o número, em julho, mais que dobrou. Além disso, este ano é o que apresenta a maior quantidade de vítimas neste período, desde que foi iniciada a série histórica, em 2016. A análise teve como base os boletins de ocorrência e a estatística criminal da Secretaria Estadual da Segurança Pública.

Foram 101 ocorrências de feminicídio entre janeiro e julho, o que significa 12% a mais do que os 90 casos registrados no mesmo período de 2019. A autoria é conhecida em 85% das ocasiões.

Só no mês de julho houve 13 casos. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, o crescimento foi de 160%.

Antes da pandemia da Covid-19, verificou-se duas quedas mensais consecutivas. Foram nove registros em maio e oito em junho.

Abril teve 21 notificações. Era ainda o começo das infecções pelo novo coronavírus no Brasil – que descobriu o primeiro caso em 26 de fevereiro – e o primeiro mês completo de quarentena no estado de São Paulo. O número representou 32% a mais do que o visto no mesmo período de 2019, quando ocorreram 16 feminicídios, de acordo com a estatística oficial.

Boletins de ocorrência indicam que a maioria dos crimes aconteceu dentro da casa da vítima (68%) e o autor foi identificado (85%) no relato feito na delegacia.

Na maior parte das ocasiões, companheiros ou ex-companheiros das vítimas cometeram o crime. Houve prisão em flagrante em 45% dos casos.