Ficou em 2% acima do registrado no mesmo período de 2019 o número de mulheres assassinadas no primeiro semestre deste ano. Também houve crescimento dos casos de feminicídio (1%). Já outros crimes contra a mulher, como agressões e estupros, caíram no País, porém especialistas afirmam haver subnotificação, considerando que a pandemia de Covid-19 impôs dificuldades na realização de denúncias. O levantamento foi elaborado pelo G1, via Monitor da Violência – uma parceria do site com o Núcleo de Estudos da Violência da USP e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública – e teve como base os dados oficiais dos 26 estados e do Distrito Federal.
Até o sexto mês de 2020 foram mortas de forma violenta 1.890 mulheres. Houve ainda 631 feminicídios, que é quando o crime acontece pelo fato de serem mulheres, em ação motivada pela condição de gênero.
No contexto de violência doméstica, a queda dos casos de lesão corporal foi de 11%. Reduziram também, 21% e 20%, respectivamente, os estupros e estupros de vulneráveis.
Catorze estados registraram alta no número de homicídios de mulheres e 11 tiveram mais vítimas de feminicídios de um ano para o outro.
O estado com maior alta e maior índice de homicídios de mulheres foi Rondônia: 255% e 4,4 a cada 100 mil, respectivamente.
Já no Acre foi visto o número mais alarmante no crescimento (167%) e na taxa (1,8 a cada 100 mil) de feminicídios.
Ao todo, o Brasil acumulou 119.546 casos de lesão corporal dolosa em decorrência de violência doméstica. Isto significa 11% a menos que no primeiro semestre de 2019. Também foram contabilizados 9.310 estupros e 13.379 estupros de vulnerável.
Com elevação em 46%, o Pará apresentou a maior alta de casos de lesão corporal, ficando com o Mato Grosso a maior taxa: 259 a cada 100 mil. Somente Rondônia teve alta no número de estupros.