“Triste momento de desorientação administrativa”. É assim que Flávio Dino (PCdoB) define o cenário atual enfrentado pelo Brasil diante da pandemia de Covid-19. Em sua coluna publicada pelo portal Vermelho na noite desta terça-feira (15), o governador do Maranhão abordou o tema da “contração fiscal expansionista” e apontou a direção a qual entende ser a mais adequada para o País.
“Essa falácia é focada em privatizações generalizadas, destruição de serviços públicos, cortes de direitos, teto de gastos governamentais e reformas que aumentam desigualdades”, afirmou, reforçando que “Estado, Trabalho e Economia Verde” são os três pilares fundamentais do caminho de saída da crise, como vem defendendo o governador.
Dino considera que “a ideia de Estado mínimo é um grave erro, pois o aparato estatal é insubstituível para impulsionar investimentos públicos e privados” e que “o teto de gastos deve ser revisto, tornando-o mais inteligente e adequado às necessidades nacionais”.
No entendimento do governador, o corte pela metade do auxílio emergencial “resultará no aprofundamento das terríveis desigualdades sociais do Brasil, que só podem ser enfrentadas com uma política de proteção ao mundo do trabalho”.
“Por isso que, no Maranhão, lançamos o Plano Emergencial de Empregos Celso Furtado, com investimentos públicos de R$ 558 milhões até o final deste ano. O Ministério da Economia atesta que o Maranhão vem gerando vagas de empregos e registra um dos maiores saldos do país em 2020”, observou.
O quadro catastrófico de incêndios florestais verificado recentemente na Amazônia e no Pantanal podem, segundo Dino, “gerar, inclusive, sanções aos produtos brasileiros no mercado internacional”.
“O nosso patrimônio ambiental precisa ser preservado, no âmbito de uma Economia Verde. No nosso Estado, por meio do programa ‘Maranhão sem Queimadas’, estamos executando uma estratégia emergencial, com orientação, fiscalização e ações de combate a incêndios, inclusive com criação de uma Sala de Situação e investimentos em equipes técnicas aparelhadas em campo”, destacou.