Jair Bolsonaro (sem partido) disse, em discurso exibido na última terça-feira (22) na Organização das Nações Unidas (ONU), durante a abertura da 75ª Assembleia Geral, que pagou cerca de US$ 1 mil de auxílio emergencial por pessoa neste período de pandemia de Covid-19. Como, da mesma forma que os demais brasileiros beneficiados, ganhou só R$ 2,4 mil em quatro parcelas de R$ 600, uma dona de casa do Rio de Janeiro resolveu confrontar a fake news do presidente da República na Justiça. As informações foram divulgadas pelo Blog do Edimilson Ávila, no G1.

Ela deseja receber a diferença entre o valor realmente pago pelo programa e aquele dito pelo presidente ao mundo. O máximo que um trabalhador aprovado no auxílio emergencial conseguiu, somando as parcelas, foi R$ 4,2 mil, quantia equivalente a US$ 766.

Na petição, as advogadas Leila Loureiro e Noemy Titan escrevem que o valor total do auxílio que deveria ter sido recebido pela cliente é de R$ 5.540. Isto considerando a atual cotação do dólar e a quantia informada de forma errônea por Bolsonaro.

“Dados os fatos acima, busca a presente pretensão o pagamento da diferença entre o valor recebido e o valor declarado pelo Presidente, de modo a materializar fielmente o benefício financeiro que foi destinado aos brasileiros, segundo expressamente proclamado pelo Chefe maior do estado”, argumentam no documento. Há ainda o pedido de retratação por dano moral, o que totaliza em R$ 9.420 a causa.

A União Federal foi intimada pela juíza federal substituta Angelina de Siqueira Costa, no processo, a prestar informações em dez dias. Uma contestação deverá ser apresentada em até 30 dias, se não for reconhecido o pedido.