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Em segundo referendo, Nova Caledônia decide neste domingo se fica independente da França

Reprodução/YouTube

“Avante, filhos da Pátria. O dia da Glória chegou”. Na verdade, para uma nação da Oceania que possui o mesmo hino da França – La Marseillaise (A Marselhesa, em português) – ainda falta um pouco para a data que pode revolucionar sua história. Uma das poucas ilhas francesas espalhadas pelo mundo, a Nova Caledônia vai decidir, neste domingo (4), se continua ou não sendo dependente dos europeus.

Será o segundo referendo sobre autodeterminação em dois anos no país de território francês estratégico no Oceano Pacífico. A Nova Caledônia é um legado da construção do império do século XIX. Praias de areia branca e de água azul-turquesa cercam a região.

Anexado pela França em 1853, o arquipélago possui 270 mil habitantes. A maioria dos eleitores (56,7%) votou contra a independência no referendo anterior, realizado em 4 de novembro de 2018.

Mas, a diferença entre o “Não” e o “Sim” surpreendeu e contrariou as pesquisas de projeção da época, dando força aos que almejam a separação.

Um cenário de incertezas, entretanto, marca o contexto desta vez. Isto porque nenhuma pesquisa de opinião foi feita para a nova consulta popular.

Como são poucos os casos de Covid-19 no país, a votação não será afetada pela pandemia. Vinte e sete diagnósticos de coronavírus (Sars-CoV-2) foram confirmados até o momento, o que coloca a Nova Caledônia entre as nações com o menor número de infecções no planeta. É também na terra do continental oceânico que estão 25% do estoque mundial de níquel, componente vital na fabricação de eletrônicos.