Nesta quinta-feira (15), 2,6 milhões de brasileiros estão em celebração. É que a data marca o Dia dos Professores, que correspondem a 1,2% da população do País. Porém, os números sobre a área indicam que o alerta está mais do que ligado. Dados divulgados pelo G1 mostram a realidade dos profissionais em 2020.
São 2,2 milhões na educação básica, sendo que 1,7 milhão atua na rede pública. No ensino superior estão 397 mil profissionais da área – destes, 214 mil ministram em universidades privadas.
O piso salarial de um professor da educação básica em início de carreira é de R$ 2.886,24. Considerando como referência o ano de 2009, quando o vencimento era de R$ 950 (R$ 1.726 corrigidos pela inflação atual), o aumento foi de 67% com a lei do piso nacional.
Durante a pandemia de Covid-19, 82% dos professores afirmaram que tiveram elevação das horas de trabalho. A pesquisa, que entrevistou 15,6 mil docentes, mostrou ainda que 69% estão com medo e insegurança por não saberem como será o retorno à normalidade. Outros 50% declararam temer o futuro.
Mas, nenhum dado é tão impactante quanto o que retrata a agressão aos professores. Neste quesito, o Brasil é o primeiro colocado no ranking mundial.
Em São Paulo, 48% desses profissionais disseram já ter sofrido agressão verbal e 5% relataram terem sido vítimas de violência física. No Distrito Federal, mais de 40% dos agressores eram alunos. Os pais dos estudantes representaram 20%. Já no Ceará, 20% dos 4 mil aprovados no concurso de 2009 para a rede estadual de ensino desistiram da carreira.