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Novo capítulo sobre rachadinhas tem confissão de ex-assessora e denúncia contra Flávio Bolsonaro

Divulgação/Agência Senado

Por lavagem de dinheiro, peculato, apropriação indébita e organização criminosa, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), seu ex-assessor Fabrício Queiroz e outras 15 pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público do Rio de Janeiro. As irregularidades estão relacionadas ao caso conhecido como “rachadinha”. O anúncio foi feito pelo MPRJ na noite de terça-feira (3).

Flávio, quando era deputado estadual, teria se apropriado dos salários dos próprios funcionários na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), entre 2007 e 2018, de acordo com os procuradores. Para o MPRJ, o filho do presidente Jair Bolsonaro é líder de organização criminosa. Já Queiroz é considerado o operador do esquema fraudulento.

Foram identificadas, nas investigações, “movimentações financeiras atípicas” de 75 assessores ou ex-assessores de deputados estaduais do Rio. As apurações tiveram início em 2018. No último dia 19 de outubro, a denúncia foi apresentada pela Subprocuradoria-Geral de Justiça de Assuntos Criminais e Direitos Humanos ao Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ).

Primeira confissão de funcionário

O jornal ‘O Globo‘, informa, nesta quarta-feira (4), que Luiza Sousa Paes, ex-assessora de Flávio na Alerj, admitiu, em depoimento, que jamais atuou como funcionária do ex-deputado. Também afirmou que era obrigada a devolver mais de 90% do salário.

Outras pessoas, segundo Luiza, passavam por situações semelhantes: nomeadas, porém sem trabalhar. Nathália e Evelyn, filhas mais velhas de Queiroz, foram alguns exemplos citados por ela.

Os advogados de Flávio Bolsonaro declararam que a denúncia é “uma crônica macabra e mal engendrada” e “não se sustenta”. Já a defesa de Fabrício Queiroz afirmou que as revelações da ex-assessora não têm “valor probatório”.