A distância de Bruno Covas para seus perseguidores mais próximos segue em processo de ampliação, Celso Russomanno permanece em queda acentuada e Guilherme Boulos se aproxima cada vez mais de conseguir uma vaga no segundo turno. Este é o retrato apontado pela nova pesquisa Datafolha, divulgada nesta quinta-feira (5), para a Prefeitura de São Paulo com relação às Eleições 2020. O levantamento foi encomendado pela TV Globo e o jornal “Folha de S. Paulo”.
Considerando o cenário visto em 22 de outubro – data da atualização anterior -, Bruno Covas (PSDB) subiu de 23% para 28%. Com quase a mesma variação do atual prefeito – porém, neste caso, registrando queda – Celso Russomanno (Republicanos), que já foi líder, vê seu posto no turno final ficar ameaçadíssimo. A diferença entre o candidato bolsonarista e Guilherme Boulos (PSOL) caiu para dois pontos percentuais, o que significa que ambos estão tecnicamente empatados. O representante da esquerda melhor posicionado permaneceu com os 14% registrados anteriormente, mas foi beneficiado com o tombo do concorrente: de 20% para 16%. Vale lembrar que Russomanno já teve 27%, com seis pontos de vantagem para Covas.
Também é notável a evolução de Márcio França (PSB), que tinha 8%, foi a 10% e, agora, aparece com 13%, colado em Boulos. Outro postulante que só apresenta oscilação para cima é Jilmar Tatto (PT). O petista pulou de 1% para 4% e soma, atualmente, 6%.
Arthur do Val Mamãe Falei (Patriota) manteve os 4% que possuía, Andrea Matarazzo (PSD) ganhou um ponto, aparecendo com 3%, e Joice Hasselmann (PSL) continua nos 3%. Levy Fidelix (PRTB), Orlando Silva (PCdoB) e Marina Helou (Rede) mantiveram-se na casa do 1%.
Já Antônio Carlos (PCO) estava com zero e segue sem pontuar. Vera Lúcia (PSTU) perdeu o único ponto que tinha.
Brancos, nulos e nenhum representavam 13% no fim de outubro, caindo, no momento, para 9%. Eram 3% a porção dos que não souberam opinar, mesma quantidade da atualização desta quinta.
Rejeição
O Datafolha perguntou ainda em que os eleitores não votariam de maneira alguma. Neste quesito, Russomanno lidera com 47%, seguido por Hasselmann, que tem 30%. Covas (25%) fecha o indesejável pódio. Na sequência, aparecem: Tatto (23%), Boulos (22%), Fidelix (22%), Orlando (17%), Arthur (16%), França (14%), Matarazzo (13%), Vera (12%), Antônio (10%) e Helou (10%). Três por cento não votariam em nenhum candidato disponível e somente 2% escolheriam qualquer um deles. Apenas 4% não souberam responder. Como é possível apontar mais de uma resposta para esse questionamento, a soma dos fatores é maior que 100%.
Pesquisa espontânea
Se Guilherme busca um lugar entre os dois finalistas na classificação geral, a pesquisa espontânea – quando o eleitor diz em quem vai votar sem ter os nomes dos candidatos apresentados – já o coloca na posição almejada. Ele é o segundo colocado neste quesito, com 12%, atrás de Bruno (19%). Celso (8%), Márcio (7%), Jilmar (3%), Val (3%), Andrea (2%) e Joice (1%) completam a tabela.
O curioso é que, além dos nomes dos concorrentes presentes na disputa, há a opção “Candidato do PT”, que foi levantada por 2% dos entrevistados. Na prática, isto pode representar um somatório nos votos de Tatto, deixando aberta a possibilidade de uma surpresa positiva para o petista no dia da eleição. Ainda sobre esse levantamento específico, outros nomes foram citados por 4%, brancos, nulos e nenhum acumularam 10% e 30% não souberam responder.
2º turno
Também foi projetado pela Datafolha o segundo turno, comportando as combinações mais prováveis, de acordo com a pesquisa. Bruno Covas venceria todos os adversários com os quais foi confrontado no levantamento: Celso Russomanno (57% a 27%), Guilherme Boulos (54% a 32%) e Márcio França (48% a 39%). Boulos, entretanto, levaria a melhor contra Russomanno: 41% a 39%. Os números não chegam a 100% por conta dos votos nulos, brancos e a quantidade de eleitores que não sabem ou não opinaram.
Foram ouvidos, entre os dias 3 e 4 de novembro, 1.260 eleitores da capital paulista com 16 anos ou mais. O nível de confiança utilizado é de 95%, o que indica a probabilidade de os resultados retratarem o atual momento eleitoral, levando em conta a margem de erro, que, neste caso, é de três pontos percentuais para mais ou para menos. O levantamento está registrado na Justiça Eleitoral com o seguinte número de identificação: SP-06709/2020.