Via Portal PCdoB – Em nome da líder do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) na Câmara dos Deputados, Perpétua Almeida (AC), o deputado Orlando Silva (SP) fez um pronunciamento contundente no Plenário da Casa na última sexta-feira (18). O parlamentar esclarece a posição do Partido na construção da frente ampla de oposição a Bolsonaro na casa legislativa.
Segundo Orlando, o PCdoB e outros dez partidos firmaram acordo de caminharem juntos na disputa da mesa e presidência da Câmara para o próximo biênio, em um momento em que o país sofre grave crise econômica e social provocada por um presidente da República antipovo e antinacional.
“Mantemos nossas diferenças, mas nos reunimos para derrotar Bolsonaro e garantir a independência da Câmara”. A partir deste contexto que “definimos caminhar juntos”, esclarece.
O deputado informou também que será debatido “em nosso campo a construção de nomes para apresentar ao parlamento brasileiro”.
O objetivo dessa união, de acordo com Orlando, é derrotar o governo Bolsonaro, que não tem nenhum compromisso com os brasileiros. Disse ainda que se trata de uma gestão “genocida”, por defender a “não vacinação”. Ao plenário, o parlamentar afirmou que Bolsonaro é o “símbolo do fascismo” e quer dominar a pauta legislativa para defender seus próprios interesses.
O parlamentar explicou que, independentemente de partidos de matizes diferentes se reunirem para eleger a direção da Casa, não significa que defenderão as mesmas pautas.
“Temos que ter lado e defendemos uma Câmara autônoma, independente, representativa dos interesses nacionais e do povo brasileiro”, destacou.
De acordo com o deputado, esse movimento mais amplo do que a oposição, aliado “a partidos que temos profundas diferenças, “não representa que estamos de acordo com a agenda econômica hegemônica da Câmara dos Deputados. Que insiste numa receita falida, de ordem neoliberal que não apresenta perspectivas para o país e é incapaz de retomar o desenvolvimento nacional”, explicou Orlando. “E essas diferenças serão travadas aqui”, reforçou.
Segundo Orlando, a decisão de fazer uma composição com partidos de outro campo tem como ‘pedra de toque’ a democracia. Por isso, apesar de tantas divergências, explica o deputado, “decidimos montar um bloco com outros partidos, na defesa dos direitos do povo, da democracia e da soberania nacional. Vamos enfrentar um inimigo maior que é Jair Messias Bolsonaro. E, para isso, vamos defender um legislativo que sirva ao interesse nacional, a luta democrática, que não seja um puxadinho do Palácio do Planalto que é tudo que ele deseja”, pontuou o deputado. Confira o discurso de Orlando Silva na Câmara.