O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), disse, na segunda-feira (8), que o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), ex-presidente da Câmara dos Deputados, tem “muitos méritos”, como ajudar a viabilizar o novo Fundeb e o auxílio emergencial no valor de R$ 600. Dino afirmou ainda que todos cometem erros e que é preciso valorizar as convergências para derrotar a extrema direita.
As declarações, divulgadas nas redes sociais de Dino, foram feitas no dia em que o jornal Valor Econômico publicou uma entrevista com Maia, a primeira após fracassar em fazer um sucessor na presidência da Câmara apoiando a candidatura de Baleia Rossi (MDB-SP).
“O deputado Rodrigo Maia tem muitos méritos, por exemplo ter ajudado a viabilizar o Novo FUNDEB e o auxílio emergencial de R$ 600. Erros? Todo mundo comete. O Brasil precisa que valorizemos as convergências, não apenas as divergências. Só assim derrotaremos a extrema-direita”, escreveu o governador.
O deputado @RodrigoMaia tem muitos méritos, por exemplo ter ajudado a viabilizar o Novo FUNDEB e o auxílio emergencial de R$ 600. Erros ? Todo mundo comete. O Brasil precisa que valorizemos as convergências, não apenas as divergências. Só assim derrotaremos a extrema-direita.
— Flávio Dino 🇧🇷 (@FlavioDino) February 8, 2021
Rodrigo Maia buscou formar uma frente ampla anti-Bolsonaro com o apoio, inclusive, de cinco dos seis partidos de esquerda na Câmara: PT, PCdoB, PDT, PSB e Rede Sustentabilidade. O PSOL não ingressou no bloco, preferindo lançar candidatura própria, da deputada Luiza Erundina (SP).
Na entrevista ao Valor, Rodrigo Maia queixou-se de a cúpula do DEM ter trabalhado para retirar oficialmente o próprio partido do bloco de apoio a Baleia. No final, a sigla decidiu pela neutralidade na disputa, o que o Maia acredita que foi determinante para a derrota do seu candidato por uma ampla margem de votos.
Ele atribuiu a saída do DEM do bloco de Baleia à ação do presidente da sigla, ACM Neto, e do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, que sempre desejou que o partido oficializasse apoio a Bolsonaro.
Para Rodrigo Maia, com o movimento, o DEM, antigo PFL, volta à posição de alinhamento com a extrema direita da década de 1980, solapando o trabalho de seu pai, César Maia, para consolidar a legenda como um partido de centro/centro-direita. Maia, reiterou sua intenção de deixar o partido e disse que irá para uma sigla que faça oposição a Jair Bolsonaro.
* Via Portal PCdoB