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Inflação do aluguel sobe 2,53% em fevereiro e acumula alta de 28,94% em 12 meses

Arquivo/Agência Brasil

Via Vermelho – Conhecido como inflação dos aluguéis, o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) subiu 2,53% no mês de fevereiro e acumula 28,94% em 12 meses, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV). Caso o proprietário aplique correção integralmente, o valor hipotético de um contrato com vencimento em abril pode passar de R$ 1.500 para R$ 1.934.

O IGP-M é composto em 60% pelo Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), 30% pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e 10% pelo Índice Nacional de Custo da Construção (INCC). O primeiro grupo, IPA, é a variação de preço percebidos por produtores e o maior responsável pelo aumento dos aluguéis no último ano. As negociações de commodities são em dólar e isso fez com que os preços disparassem. A gasolina – um dos bens que entram na contabilização do IPA – subiu 17,43% em fevereiro.

Em julho de 2020, o IGP-M começou a subir, tendo disparado de agosto para setembro, quando subiu 5% na variação mensal. Em outubro, a variação acumulada em 12 meses já era acima de 20%.

Os reajustes baseados no IGP-M são impraticáveis, ainda mais em um momento de crise sanitária e econômica que o Brasil atravessa. A solução encontrada é a negociação de cada contrato com base no IPCA, uma referência para reajustes salariais, muitos congelados em 2020. O IPCA considera uma cesta de produtos consumidos pelas famílias e o peso de cada grupo de despesas no orçamento.

Mesmo que tenha um valor menor que o IGP-M, a inflação oficial também é alta. Segundo a prévia divulgada na quarta-feira (24), o IPCA-15 subiu 0,48% em fevereiro e acumula 4,57% em 12 meses. Mesmo com uma inflação elevada, o índice ainda é inferior ao de locação.

Na capital paulista, o levantamento do site de anúncios Imóvelweb indica um aumento dos aluguéis mais próximo ao IPCA, com reajuste, em média, de 6,7% de janeiro a dezembro de 2020.

* Com informações de Folha de S.Paulo