Foi realizado nesta sexta-feira (30) o leilão da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae), na Bolsa de Valores de São Paulo (B3). Com a venda de três dos quatro blocos ofertados, o valor arrecadado ficou em R$ 22,6 bilhões, acima da expectativa de arrecadação inicial, que era de R$ 10,6 bilhões.
O Bloco 1 foi arrematado pelo Consórcio Aegea por R$ 8,2 bilhões (ágio de 103,13%) e o Bloco 2 pelo Consórcio Iguá por R$ 7,286 bilhões (ágio de 129,68%). Já o Bloco 4 ficou com o Consórcio Aegea pelo valor de R$ 7,203 bilhões (ágio de 187,75%).
Não ocorreu a venda do bloco mais barato, o 3, que reúne bairros da Zona Oeste da cidade e seis municípios. O Aegea foi o único a apresentar proposta neste caso, porém decidiu retirar antes que a mesma fosse aberta.
Acompanharam o leilão o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o governador em exercício do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PSC), e os ministros da Economia, Paulo Guedes, do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, e da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos. Houve protesto contra o presidente em sua chegada ao local.
Na quinta-feira (29) foi aprovado, pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) que suspenderia o leilão da concessão dos serviços de distribuição de água e coleta e tratamento de esgoto da Cedae. Porém, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro suspendeu os efeitos do PDL. A Alerj chegou a entrar com um recurso para tentar reverter a decisão.