Os plenários da Câmara dos Deputados e do Senado Federal foram desobstruídos pelos bolsonaristas, que pretendiam impor a pauta da anistia aos golpistas do 8 de janeiro, além do impeachment do ministro Alexandre de Moraes (STF) e de medidas que retirassem Bolsonaro da alçada do Supremo.
Na Câmara, a desobstrução ocorreu, na noite desta quarta-feira (6), em clima de tensão. O presidente Hugo Motta abriu a sessão sob gritos de “sem anistia” pela base do governo e “anistia já” dos bolsonaristas.
O deputado Lindbergh Farias comparou o bloqueio ao ataque golpista de 8 de janeiro, afirmando que o próprio presidente da Câmara usou o termo “sequestro” para descrever a situação. Para Lindbergh, a ação foi uma “chantagem contra o país”.
Hugo Motta, que adotou um tom conciliador, retomou a mesa afirmando que a respeitabilidade da presidência “é inegociável”.
Já no Senado, a desobstrução ocorreu na manhã desta quinta-feira (7), após mais de 47 horas de tensão.
O espaço foi liberado após reuniões entre senadores do grupo e um encontro com Alcolumbre, ocorrido na noite de quarta (6).
Em nota, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, ressaltou que não aceitará intimidações nem tentativas de constrangimento à presidência do Senado.
“O Parlamento não será refém de ações que visem desestabilizar seu funcionamento. Seguiremos votando matérias de interesse da população, como o projeto que assegura a isenção do Imposto de Renda para milhões de brasileiros que recebem até dois salários mínimos. A democracia se faz com diálogo, mas também com responsabilidade e firmeza”, afirmou Alcolumbre.
*Fontes: vermelho.org.br e g1