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Cedim-RJ aborda direitos humanos e Lei Maria da Penha em curso com mais de 700 inscritos

Reprodução/Facebook/CEDIM

Quatro aulas divididas igualmente entre agosto e setembro mobilizaram mais de 700 inscrições para o novo projeto do Cedim-RJ: o “Curso de Direitos Humanos e Lei Maria da Penha”, que contou com a parceria da Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (Emerj). Agentes políticos, conselheiras, profissionais da área de educação, além de universitários do RJ e de outros estados do Brasil marcaram presença nas palestras transmitidas via Facebook em razão das normas de distanciamento social provocadas pela pandemia da Covid-19.

“Nós, conselheiras do Cedim, criamos em dezembro de 2018 o Fórum Estadual de Conselheiras e Gestoras Municipais para debater, a cada trimestre, as principais lutas do cotidiano e as dificuldades encontradas, rompendo com o isolamento das regiões distantes do centro político-administrativo. Através dessa rede, pudemos superar o isolamento”, conta a professora e advogada Helena Piragibe, presidenta do Cedim-RJ e integrante da União Brasileira de Mulheres (UBM).

Como a procura pela produção mais recente do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher foi bastante elevada, não houve plataforma que comportasse tamanho engajamento. Assim, as centenas de pessoas inscritas puderam acompanhar tudo pela página do Cedim no Facebook.

A aprovação do conteúdo vem do próprio público. Mensagens de agradecimento e elogios se misturaram após o evento.

“Parabéns pela iniciativa e todo debate feito durante o curso! Foi um processo determinante para mim, tanto no que tange a atuação profissional na unidade de saúde que trabalho, como também nas atividades que faço sobre o tema em outros locais e na universidade. Obrigada por terem proporcionado tantas reflexões e qualificações da nossa prática profissional. Saio com a cabeça fervilhando de ideias e uma energia renovada, o que todo bom processo de socialização deve saber proporcionar em quem participa, principalmente quando se trata de um tema tão sensível e cheio de desafios como este. Mais uma vez, obrigada. Já estou aguardando ansiosamente o próximo. A luta segue mais firme do que nunca!”, escreveu uma aluna.

Outra participante destacou as “propostas interessantes” apresentadas pela juíza Adriana Mello. Disse ainda que iria sugerir para a sua universidade o curso de responsabilização do agressor.

Nos dois primeiros encontros, o tema era “Mecanismos e Instrumentos Ratificados pelo Brasil no Sistema Interamericano e Universal sobre Violência e Direitos Humanos das Mulheres”. A Dra. Leila Linhares abordou o assunto. Ela é professora emérita e membro do Fórum de Violência Doméstica e Familiar da Emerj.

Depois, a Lei Maria da Penha – criada em 2006 para manter o agressor distante da vítima e que teve como relatora a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB) – foi esmiuçada pela Dra. Adriana Mello, juíza titular do 1º Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher da Capital e presidente do Fórum Permanente de Violência Doméstica, Familiar e de Gênero da Emerj. Desta forma, essa etapa do projeto foi finalizada com outras duas aulas, sendo a última na tarde de quarta-feira (16).

O sucesso deu ainda mais “combustível” para as futuras produções. Segundo Helena, há outros temas a serem debatidos: “Já estamos buscando as palestrantes”, informa a professora demonstrando um impactante entusiasmo.