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Cirurgias eletivas no SUS caíram 66%, após Ministério da Saúde orientar adiamento

Marcello Casal/Arquivo/ Agência Brasil

Na comparação com o mesmo período do ano passado, de março a maio de 2020 houve queda de 66% no número de cirurgias eletivas realizadas no Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o Brasil. Foi justamente neste tempo que a pandemia do novo coronavírus esteve mais aguda no País. Já no primeiro semestre a redução ficou em 34%.

De janeiro a junho de 2019 foram feitas 983.483 cirurgias eletivas no SUS. Em 2020, o mesmo período registrou 651.981.

Levando em conta a Covid-19, o Ministério da Saúde orientou os estados, em março deste ano, a adiarem este tipo de operações. O objetivo era abrir leito e evitar infecções pelo coronavírus.

As cirurgias eletivas são as consideradas não emergenciais. Tratam-se de procedimentos quase sempre agendados, sendo que em muitos casos se tornam fundamentais para a correção de problemas de saúde.

Em entrevista à TV Globo, Walter Cintra, que é professor de Gestão de Saúde da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e médico sanitarista, disse que dificilmente vai ser possível eliminar os atrasos até dezembro. Ele considera que será necessário “fazer uma triagem desses casos para dar uma prioridade para os que não puderem esperar”.

“Vai ser preciso que governos – que também estão enfrentando situações econômicas, de queda de arrecadação, por queda da atividade econômica – se preparem para investir na saúde. Porque, afinal de contas, a função dos governos é proteger a vida humana”, destacou.