A França, que bateu recorde de novos casos pelo quarto dia consecutivo, e a Alemanha, onde haverá lockdown em um distrito da Baviera, são alguns exemplos da segunda onda de Covid-19 que já assusta a Europa. Na Bélgica, o cenário corre o risco de ser ainda mais agravante e vai se aproximando do desespero. Em duas semanas, os hospitais do país podem ficar sem leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva).
De acordo com Yves Van Laethem, porta-voz do Ministério da Saúde belga, o quadro deve se tornar real caso o número de internações continue aumentando na proporção vista atualmente. A cada oito dias, a quantidade de pacientes em unidades de tratamento intensivo tem dobrado no país europeu.
Van Laethem afirmou que a tendência é de que a Bélgica ultrapasse “a marca de mil pacientes em terapia intensiva” até o final desta semana. A projeção para daqui a 14 dias é ainda mais impactante.
“Se a curva não mudar com o nosso comportamento, devemos atingir 2 mil pacientes em terapia intensiva em duas semanas, nossa capacidade máxima”, alertou o porta-voz.
Em toda a Europa, apenas a República Tcheca apresenta taxa de infecção de Covid-19 superior ao registrado na Bélgica, que possui 11 milhões de habitantes e já acumula mais de 321 mil casos do novo coronavírus (Sars-CoV-2), com 10.810 óbitos.
Começou a valer, nesta segunda-feira (26), um toque de recolher mais rígido na região de Bruxelas. No sábado (24), foi ordenado o fechamento de todas as instalações esportivas e culturais.