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Diretor da Opas diz que OMS não vai recomendar vacina russa sem resultados de testes

Divulgação/Tânia Rêgo/Agência Brasil

Os resultados de ensaios clínicos das fases 1, 2 e 3 da vacina russa contra a Covid-19 são fundamentais para a Organização Mundial da Saúde (OMS). Nesta terça-feira (11), após o país anunciar que realizou o primeiro registro de um medicamento que combate a doença, Jarbas Barbosa da Silva Jr., diretor-assistente da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde), afirmou que a OMS não vai recomendar a Sputnik V, em caso de ausência do cumprimento das exigências.

Jarbas disse que a OMS não recebeu informações técnicas sobre o produto por parte do governo da Rússia. A organização está em contato com as autoridades locais para discutir procedimentos antes da qualificação ser definida.

A vacina em questão – uma entre as dezenas desenvolvidas atualmente no mundo – possui somente a primeira etapa do processo concluída. É o que aponta o acompanhamento realizado pela OMS.

Sendo assim, os russos necessitam finalizar as outras duas fases e ainda aguardar as análises das autoridades regulatórias dos países que pretendem comercializar o medicamento.

“O esforço de buscar aumentar a capacidade de produção para uma futura vacina é importante, mas qualquer vacina ou produtor tem que seguir essa metodologia, e, além da segurança, informar o grau de eficácia. Não existe vacina 100% eficaz para nada”, explicou Jarbas.

Horas depois do anúncio do presidente Vladimir Putin, o governo do Paraná comunicou que assinará um convênio com a Rússia para produzir a vacina Sputnik V. No entanto, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou, posteriormente, que o laboratório que desenvolve o produto não pediu registro no Brasil.