A resposta para a possibilidade de independência sobre a França foi novamente “não” na Nova Caledônia. Neste domingo (4), pela segunda vez o país da Oceania votou o tema. Com 53,26% da preferência popular, contra 46,74% de eleitores que queriam a separação, ficou decidido que os franceses seguem soberanos na região.
A diferença para o “sim” acabou sendo um pouco menor do que na ocasião anterior, em 4 de novembro de 2018, quando o placar foi de 56,67% a 43,33%. O referendo de 2020 teve 85,85% de participação, o que significou seis pontos a mais que a primeira consulta. Estavam registradas para votar 180.859 pessoas.
“Majoritariamente, os eleitores confirmaram o desejo de manter a Nova Caledônia na França. Como chefe de Estado, recebo este sinal de confiança com um profundo sentimento de reconhecimento. Também recebo os resultados com humildade”, disse Emmanuel Macron, presidente da França.
Já o presidente do governo local, Thierry Santa, afirmou não estar “satisfeito com a tendência que tivemos esta noite, que volta a destacar a profunda divisão que existe na sociedade caledoniana a respeito da questão essencial da independência”.
O prefeito de Houaïlou e membro da União Caledoniana (FLNKS), Pascal Sawa, minimizou os impactos da negativa: “Se não aconteceu hoje, será no terceiro referendo. Respeitamos o resultado desta noite”, projetou.
Iniciado em 1988, o processo de descolonização começou depois de vários anos de violência entre o povo autóctone, chamado de canacos, e os caldoches, com origem na Europa. É possível que uma nova consulta popular ocorra em 2022.