As escolas da rede privada de ensino de Maricá voltaram às aulas presenciais na última segunda-feira (12). De acordo com o decreto do dia 5 de abril publicado no Diário Oficial do município, as escolas estão autorizadas a estabelecer um sistema híbrido, parcialmente online e presencial, no caso de os responsáveis pelos alunos não concordarem com o retorno presencial. As unidades, no entanto, precisam cumprir todas as medidas previstas nos protocolos de combate à pandemia.
Equipes da Guarda Municipal e da Secretaria de Ordem Pública (Seop) estão percorrendo as escolas para conferir se as medidas estabelecidas têm sido cumpridas, além de orientar os responsáveis.
“Se houver denúncias de descumprimentos, nós vamos avaliar se mandaremos uma força tarefa, mas todas as equipes estão envolvidas em diversas ações de fiscalizações em toda cidade para evitar aglomerações e, por consequência, a proliferação do vírus da Covid-19”, afirmou Rhonaltt Bueno, subsecretário de Ordem Pública.
Em prevenção à Covid-19, como regras gerais, é obrigatória a utilização de máscara descartável, máscara de tecido não tecido (TNT), ou tecido de algodão, mesmo que caseira, de forma correta, cobrindo simultaneamente nariz e boca. Em todos os ambientes, as máscaras deverão ser trocadas a cada 3 horas pelos estudantes.
Segundo a diretora de um colégio particular no Centro de Maricá, Adriana Muylaert, a escola tem seguido as orientações das secretarias de Educação e de Saúde e vem cumprindo todos os protocolos da vigilância sanitária.
“Nós temos os tapetes higiênicos, aferição de temperatura, álcool em gel em todos os locais da escola, enquanto uma turma desce, uma equipe de limpeza higieniza a sala, os intervalos estão sendo separados e a entrada dos turnos também. Tudo para evitar muito contato. Os parquinhos e os brinquedos estão interditados, tudo para oferecer o máximo de segurança possível. Pedimos também a colaboração das famílias dos alunos: caso o aluno apresente algum sintoma, não mandar para a escola. A gente tem buscado essa comunicação, que também é fundamental”, afirmou.
Já para Déborah Duarte, mãe da Manuela, de cinco anos, que optou por voltar com a filha para o ensino presencial, o retorno das aulas na escola tem dois lados: um positivo e um negativo
“O positivo é que ela aprende muito melhor presencialmente. Ela é uma criança de cinco anos e não tem muita paciência para ficar presa no on-line e acaba não aprendendo tanto. Presencialmente, como é tudo feito de forma mais lúdica e dinâmica, acaba sendo mais fácil para ela aprender. E o lado negativo é a preocupação. Na pandemia a gente fica sem muitas opções, mas eu confiei que a escola está seguindo todos os protocolos de segurança, tomando todos os cuidados, inclusive estamos mandando máscaras extras e ela troca”, disse.
O novo decreto de restrições sanitárias determina a aferição da temperatura corporal de todos, distanciamento mínimo de 1,5m entre as pessoas, frasco com álcool em gel 70% disponível em todas as salas de aula, higienização frequente das superfícies de toques como, por exemplo, corrimão de escada, telefones e outros, limpeza e desinfecção frequente dos sistemas de ar-condicionado. O documento exige também: a garantia de circulação de ar com, no mínimo, uma porta ou uma janela aberta, dispor de comunicados que instruam os clientes e funcionários sobre as normas de proteção que estão em vigência no estabelecimento e bebedouro de jato impedidos ou adaptados para uso exclusivamente de torneira, com utilização de garrafa individual ou copo descartável.