O ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, rechaçou nesta segunda-feira (5), a possibilidade de o Congresso Nacional discutir anistia ou redução das penas dos golpistas.
“Acho fundamental que esse crime fique entregue aos tribunais. [Isto é] A eventual condenação ou absolvição dos responsáveis por esse episódio todo. Demos passos significativos. Até pouco tempo, falávamos que só os executores tinham sido atingidos. Agora, percebemos que também a cúpula desse movimento foi atingida”, declarou o magistrado.
A declaração foi feita durante um evento organizado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em Madri, na Espanha.
“Conseguimos identificar os responsáveis com provas robustas. Então, esse é um dado positivo e temos que avançar no sentido da sua responsabilização”, disse o ministro.
O diretor geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, que também estava no evento, afirmou que anistiar golpistas serviria apenas para atender a um capricho político.
“São situações muito graves e que não podem simplesmente ser apagadas por capricho político. A minha posição, e é pública, é contrária ao processo de anistia, e as pessoas têm que ser responsabilizadas pelos graves crimes que cometeram”, ressaltou Andrei.
*Fonte: Revista Fórum