O senador Ângelo Coronel (PSD-BA) e a deputada federal Lídice da Mata (PSB-BA) seguem como presidente e relatora, respectivamente, da CPMI das Fake News. A investigação é sobre a existência de grupos organizados para produção e difusão de notícias falsas por meio das redes sociais. A decisão proferida pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), nega seguimento ao pedido de um grupo de deputados bolsonaristas para que ambos fossem afastados dos postos.
“A CPMI não tem lado político. Nós investigamos a partir de denúncias. Essa tentativa de querer anular a nossa ação é na verdade a de impedir a continuidade da CPMI. O entendimento do ministro Gilmar Mendes é o entendimento da realidade da comissão que busca identificar quem produz e quem financia a desinformação”, disse a relatora.
“Essas investigações são de vital importância para o desvendamento da atuação de verdadeiras quadrilhas organizadas que, por meio de mecanismos ocultos de financiamento, impulsionam estratégias de desinformação, atuam como milícias digitais, que manipulam o debate público e violam a ordem democrática. Embaraçar essa investigação não é direito, e muito menos líquido e certo, de ninguém”, declarou Gilmar Mendes em sua decisão.
Composta por 15 senadores e 15 deputados, a CPMI das Fake News teve início em setembro de 2019. A Comissão foi montada para investigar a criação de perfis falsos e ataques cibernéticos nas diversas redes sociais, com possível influência no processo eleitoral e debate público. A prática de cyberbullying contra autoridades e cidadãos vulneráveis também será investigada pelo colegiado, assim como o aliciamento de crianças para o cometimento de crimes de ódio e suicídio.