Ao menos 600 jovens deram o ponto de partida, no dia 22 de setembro de 1984, em São Paulo, para a formação da União da Juventude Socialista, que reunia integrantes do movimento estudantil. A necessidade de transformar o Brasil em uma sociedade sem separação por classes era esbravejada pelo grupo na Assembleia Legislativa do Estado.

Passadas mais de três décadas, a UJS completa, nesta terça-feira (22), 36 anos de existência. Para Humberto Carvalho Lopes, vice-presidente regional da UNE (União Nacional dos Estudantes) na Paraíba, essa é uma organização grande “porque é forte e unida”.

“Construir a União da Juventude Socialista é descender dos jovens guerrilheiros do Araguaia, que lutaram ferrenhamente pela queda da ditadura. Construir a UJS é fazer parte da entidade que conquistou o voto aos dezesseis anos de idade: uma conquista de grande valor para a juventude brasileira”, afirmou Humberto em texto produzindo para celebrar um dos recentes aniversários da UJS.

“Ter orgulho de dizer ‘sou da União da Juventude Socialista’ é ter orgulho de dizer que faz parte da mesma juventude que pintou a cara e derrubou o desgoverno de Fernando Collor de Mello, em 1992. A luta dos militantes da União da Juventude Socialista é diária. Desde a sua fundação, construímos a mudança a todo instante”, destacou.

Na trajetória da organização consta, por exemplo, o protagonismo durante a busca pelo voto aos 16 anos de idade e a presença no movimento “Caras-Pintadas”, que culminou no impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello. Também houve participação na frente democrática que apoiou a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República em 1989, cinco anos após a fundação da UJS e 13 antes de o petista ser eleito pela primeira vez.