Últimas Notícias

‘Guardiões do Crivella’: plantões nas portas dos hospitais são suspensos após denúncias

Reprodução/TV Globo

Sumiram. A presença dos “Guardiões do Crivella” não é mais vista nas portas dos hospitais do Rio de Janeiro. O telejornal RJ2, da TV Globo, informou que o “plantão” feito por funcionários públicos está suspenso por tempo indeterminado, de acordo com relatos de pessoas que fazem parte dos grupos de conversas de WhatsApp que organizavam as ações contra o trabalho da imprensa.

A reportagem da Globo identificou pelo menos 23 “guardiões”. Destes, três “fiscalizavam” a atividade jornalística no Hospital Evandro Freire, na Ilha do Governador, Zona Norte do Rio.

Contratado em agosto de 2018, Heitor Pereira de Medeiros é um deles. Numa função especial na Subsecretaria de Relações Institucionais, recebe salário de R$ 6,7 mil.

Conhecido como Beto, Carlos Roberto da Silva Rocha foi contratado em setembro do ano passado e tem um serviço semelhante ao de Heitor, com R$ 12,5 mil de salário.

Já Ariolando Pereira chegou em novembro de 2019. Seus vencimentos são de R$ 2 mil na Prefeitura.

O trio possui diversas fotos ao lado do prefeito Marcelo Crivella e de Marcos Luciano. Este último é apontado como chefe do esquema que tem como objetivo impedir que sejam realizadas denúncias de pacientes e familiares à imprensa.

O escândalo revelado durante esta semana levou Crivella a ver o cargo ficar sob risco. Na última quinta-feira (3), a Câmara dos Vereadores votou um pedido de abertura de processo de impeachment contra o prefeito. Por 25 a 23, a reivindicação foi negada. Porém, no dia seguinte, a Câmara comunicou que decidiu abrir uma CPI para investigar o caso.

Crivella nega ter conhecimento sobre a finalidade dos grupos de WhatsApp. Ele questionou a rapidez com que o processo chegou à Câmara.