Em entrevista publicada neste sábado (22) pelo site do jornal ‘O Globo’, Fernando Haddad reforçou os elogios ao ex-presidente Lula, que venceu duas eleições e emplacou Dilma Rousseff pelo mesmo número de vezes, posteriormente. O candidato do PT em 2018 considerou que o principal nome da legenda é maior do que o próprio partido.
“O PT não vai dar as costas para a pessoa que mais ajudou a construir esse partido. Quando um líder carismático como o Lula assume a presidência, ganha quatro eleições presidenciais consecutivas e deixa o poder no patamar que deixou, ele se torna emblematicamente maior que o seu partido. É natural que isso seja assim. Poucas pessoas vão lembrar qual era o partido do Mandela na África do Sul, porque ele se tornou uma figura maior, um expoente da nacionalidade. Não é incomum que isso aconteça a uma pessoa que teve a trajetória do Lula. O que seria incomum é o partido que se beneficiou desta trajetória deixar de levar isso em consideração”, disse Haddad, que também voltou a tecer críticas à Lava Jato.
“Na defesa do Lula nós vamos até o final. Não há discussão dentro do PT em relação às injustiças e arbitrariedades que foram cometidas contra o Lula. A visão sobre os processos contra o Lula de Curitiba só piora. Daqui a dez anos vai ser pior do que hoje, e em vinte anos vai ser muito pior. Não tem como melhorar aquilo, é uma narrativa historicamente fracassada. Feita a defesa do Lula e revertido o processo no Supremo, aí nós vamos discutir o que é melhor para o partido, inclusive com o próprio Lula”, explicou o petista.