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Insumos para intubar pacientes podem acabar em 20 dias, alerta presidente da Abramge

Divulgação/Rovena Rosa/Agência Brasil

Os profissionais de saúde estão próximos de ter um drama adicional em suas rotinas no combate ao coronavírus no Brasil. Em coluna publicada na quinta-feira (18) no site do jornal Folha de S. Paulo, a jornalista Mônica Bergamo afirma que o estoque de analgésicos, sedativos e bloqueadores musculares usados para intubar pacientes em UTIs pode durar somente por mais 20 dias.

Em caso de esse cenário projetado se tornar real, ainda que sejam abertos leitos de UTIs, os médicos não terão como tratar os doentes, já que o processo de intubação passaria a ser impossível de se realizar. Como consequência, haverá um impactante aumento no número de óbitos por Covid-19 no País.

Buscando encontrar soluções urgentes para o problema, associações que representam médicos intensivistas, hospitais e operadoras de saúde teriam providenciado uma reunião com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O encontro, que também contaria com a Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), estava previsto para o correr nesta quinta.

Ainda na reportagem, Bergamo revela que Reinaldo Scheibe, presidente da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), foi quem informou sobre o limite de estoques dos materiais necessários para o procedimento médico. O relato feito por ele também esteve presente nos depoimentos de profissionais de saúde que trabalham em UTIs de São Paulo, porém sob a condição de anonimato na coluna do jornal.

Scheibe aponta que o caminho é uma articulação da Anvisa com a indústria nacional, com o objetivo de aumentar a produção dos insumos. Ele lembra, entretanto, que as fabricantes já têm a incumbência de produzir outros medicamentos indispensáveis para diversas enfermidades. Sendo assim, o presidente da Abramge diz que a outra solução seria a agência facilitar a importação dos produtos, garantindo a reposição dos estoques que estão perto de acabar.