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Investigação do MPF revela cobrança de Witzel por 10% do dinheiro repassado a 7 prefeituras

Divulgação/Tomaz Silva/ Agência Brasil

De acordo com investigação do Ministério Público Federal (MPF), na segunda denúncia em que o órgão aponta Wilson Witzel (PSC) como líder de organização criminosa, 10% do valor dos repasses do Fundo Estadual de Saúde a sete prefeituras fluminenses retornavam ao emissor da verba. O suposto esquema de desvio de dinheiro público da Saúde do Rio de Janeiro, apontado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), é referente à gestão do governador afastado e do ex-secretário Edmar Santos. Uma espécie de “rachadinha” teria sido instituída. As informações foram divulgadas pelo jornal ‘O Globo‘.

Apontado como operador financeiro do grupo, Edson Torres afirma que a Secretaria estadual de Saúde planejou transferir R$ 600 milhões aos fundos municipais do setor. O montante entraria no cálculo do valor mínimo constitucional a ser aplicado na área. O tamanho das cidades determinaria o formato da divisão dos recursos, em teoria. Porém, a norma não foi seguida em todos os casos. O objetivo, segundo a denúncia, era o superfaturamento de obras em algumas cidades. Nestes casos, o lucro seria revertido para o núcleo comandado pelo Pastor Everaldo.

Presidente nacional do Partido Social Cristão (PSC), Everaldo foi preso, em 28 de agosto deste ano, sob a acusação de integrar o esquema de desvio de recursos públicos destinados ao combate da pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2) no estado do RJ. No mesmo dia, Witzel ficou afastado do cargo de governador.

Havia reuniões sobre a destinação de verbas pera Itaboraí, Petrópolis, São João de Meriti e Paracambi, de acordo com o relato de Torres, que, conforme diz o próprio, participava dos encontros, assim como outros integrantes do grupo. Prefeituras de São Gonçalo, Saquarema e Magé também retornaram valores ao grupo, segundo afirmou Edson em depoimento.