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Jandira Feghali defende a ciência e critica ‘negacionismo’ em torno de vacina contra coronavírus

Reprodução/YouTube/Câmara dos Deputados

Via Portal PCdoB – Em reunião técnica da Comissão Externa de Enfrentamento à Covid-19 da Câmara, realizada na última segunda-feira (26), a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) fez uma contundente defesa da ciência e da vacina pela da vida do povo brasileiro e criticou a onda negacionista que tomou conta de setores da sociedade.

“Cada vez estou mais convencida da importância, e do meu orgulho da ciência, dos cientistas e dos pesquisadores do Brasil, de nossas instituições como a Fiocruz e o Instituto Butantan”, disse a parlamentar, fazendo referência às visitas realizadas pela comissão a essas duas instituições para conhecer a planta de fabricação, os processos e acordos constituídos em relação às vacinas contra o coronavírus.

Jandira também destacou o papel da ciência internacional e, em especial, da China. Ela defendeu “a necessidade de a gente reconhecer, apostar e, aqui no Brasil em particular, investir em ciência, pesquisa, inovação.”

“E isso deve ser uma responsabilidade também nossa, do parlamento brasileiro, de garantir orçamento, investimento público, para que a pesquisa e a ciência não sejam interrompidas por asfixia financeira”, acrescentou.

A deputada enfatizou que é inaceitável submeter a vacina a questões ideológicas ou eleitorais. “Estamos aqui num debate técnico, discutindo a defesa da vida”, disse, explicando que tal questão não pode ser usada eleitoralmente para agilizar ou retardar o uso da vacina.

Jandira também considera que o País não deve estabelecer sua posição com base na briga entre Estados Unidos e China em torno do 5G. “O Brasil não pode baixar a cabeça para os interesses norte-americanos ou do senhor Trump e negar a possibilidade de termos uma vacina chinesa. A vida do povo brasileiro não pode estar submetida a isso. Nós não podemos negar à sociedade brasileira o acesso a nenhum tipo de vacina que demonstre eficácia ou segurança”.

A parlamentar ainda destacou que “esse debate polarizado, ideológico, de antecipação da questão relativa à obrigatoriedade acaba fazendo as pessoas desacreditarem da vacina”.

“Da mesma forma que dizer que é açodado, ou começar a estimular na internet uma revolta contra a vacina ou desacredita-la, é contra a vida do povo”, continuou Jandira, enfatizando, em seguida: “Isso é grave, é criminoso”.

“Ter a vacina é fundamental; ela deve ser equitativa, com acesso universal no SUS. Devemos estimular que as pessoas queiram a vacina, que elas busquem ser vacinadas e que a gente só vai liberar quando tiver eficácia, segurança, imunogenicidade e segundo as estratégias das autoridades sanitárias e as estratégias que vamos conseguir desenvolver no Brasil, acreditando na ciência e nas instituições públicas brasileiras. É assim que a gente deve atuar. E a estratégia deve ser estimulando as pessoas a aderir a ela para que a gente possa reduzir o número de infectados e de mortes no Brasil. Essa deveria ser uma condição unitária, suprapartidária, unificada, para defender a vida do povo”, finalizou Feghali.