Ré, assim como alguns de seus filhos, no processo sobre a morte do próprio marido, o pastor Anderson do Carmo, Flordelis (PSD-RJ) segue sem usar a tornozeleira eletrônica, mesmo após determinação da Justiça. Neste sábado (3), fez 15 dias que a deputada federal recebeu a ordem.
Ela deveria estar em recolhimento domiciliar das 23h às 6h. A parlamentar, entretanto, ainda não compareceu à Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) para colocar o aparelho de monitoramento.
De acordo com o Tribunal de Justiça, os oficiais não conseguem intimar a deputada, seja em Niterói (RJ), onde ela mora, ou Brasília, que é seu local de trabalho.
Na última quinta-feira (1°), Nearis dos Santos Carvalho Arce, juíza da 3ª vara criminal de Niterói, determinou que fossem fornecidos em 24 horas, pelos advogados da pastora, os números dos telefones dela. A dificuldade de resolver a questão também fez a magistrada estabelecer que a intimação ocorra ainda que fora do horário de expediente e, em caso de necessidade, com auxílio da força policial. O prazo era até este sábado.
Flordelis é acusada de ser a mandante do assassinato do também pastor Anderson do Carmo, esposo da deputada, porém não pode ser presa por conta da imunidade parlamentar. O crime aconteceu na casa da família, em Niterói, no mês de junho de 2019.
Um parecer foi apresentado na última quinta pelo corregedor da Câmara dos Deputados, deputado Paulo Bengtson (PTB-PA), ao presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ). No documento, está a recomendação de envio do processo de Flordelis para o Conselho de Ética.
Bengtson avaliou a questão depois que o deputado Léo Motta (PSL-MG) fez uma representação no fim de agosto contra a pastora, que também é acusada de quebra de decoro parlamentar. O relatório será analisado pela Mesa Diretora da Câmara. O Conselho de Ética da Casa pode receber o caso, naquele que seria o próximo passo do processo.