Um pedido da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi atendido pelo ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta segunda-feira (28). Ficou determinado que a 10ª Vara Federal do Distrito Federal compartilhe com os advogados do petista as mensagens apreendidas pela Operação Spoofing, que mirou um grupo de hackers responsáveis por invadir os celulares do ex-juiz Sergio Moro e de integrantes da força-tarefa da Operação Lava Jato de Curitiba.
Entre os que tiveram os aparelhos invadidos está Deltan Dallagnol, procurador que em setembro deixou o comando do grupo. Os advogados de Lula devem ter acesso a todo o material relacionado às investigações e ações penais que tramitam na 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba ou qualquer outra jurisdição.
“Considerando que os arquivos arrecadados compreendem cerca de 7 TB de memória, envolvendo inclusive terceiras pessoas, advirto que os dados e informações concernentes a estas deverão permanecer sob rigoroso sigilo”, acrescentou o ministro.
O site The Intercept Brasil publicou, em 2019, parte dessas mensagens. Elas sugerem uma ação coordenada entre Sergio Moro e os procuradores da Lava Jato de Curitiba – uma atitude proibida por lei.