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Milhares de britânicos vão às ruas contra lei sobre manifestações

Divulgação/Facebook/Boris Johnson

Protestos em Londres, Manchester, Liverpool, Birmingham, Cambridge, Southampton e mais quarenta cidades britânicas repudiaram, no final de semana, a legislação apresentada pelo governo Boris Johnson para coibir a livre manifestação pacífica, ampliando os poderes da polícia a pretexto de “barulho” ou “incômodo”, puníveis com prisão e multas.

“Não ao Estado policial de Boris Johnson” e “Matem a Lei” [‘Kill The Bill’] levaram milhares de pessoas às ruas. Em Londres, os manifestantes fizeram questão de desfilar diante do parlamento, da sede do governo em Downing Street 10 e do Palácio de Buckingham no sábado (3).

Na Praça do Parlamento, o trabalhista Jeremy Corbyn disse à multidão que a lei do policiamento era uma “ladeira muito perigosa e escorregadia”, enquanto defendia o direito de protestar. Entre aclamações e aplausos, ele afirmou: “Se não protestarmos, as coisas não mudam”.

Houve um ato também em Cardiff, no País de Gales. Em Bristol, onde a dura repressão há duas semanas causou uma enorme polêmica – além de muitas prisões e viaturas queimadas -, centenas de pessoas voltaram às ruas pacificamente para rechaçar o incremento do arbítrio policial. À noite um grupo de manifestantes, que se sentaram no asfalto, interrompeu a rodovia M32.

Manifestantes em Newcastle, no norte da Inglaterra, marcharam até o centro da cidade gritando “Ruas de quem?/ Nossas ruas” e exibindo cartazes e faixas como “não seremos silenciados”.

A polícia londrina admitiu que a manifestação fora ordeira e respeitara o distanciamento social. “A grande maioria das pessoas que compareceram ao centro de Londres hoje o fizeram mantendo o distanciamento social”, declarou o comandante Ade Adelekan, após classificar o de dia de sábado como “desafiador para os oficiais”.

O Sisters Uncut, grupo ativista feminista, convocou um dia nacional de ação contra a lei do governo Johnson no domingo de Páscoa para as pessoas em casa.

O grupo pediu que ligassem para a estação de rádio local e expressassem oposição ao projeto de lei de policiamento. “Este projeto de lei afeta as comunidades de maneira diferente, mas é ruim para todos nós: ameaça nosso direito de trabalhar, reunir-se, protestar e viajar”, disse o grupo em um comunicado. Para derrotá-lo, acrescenta a nota, “precisaremos de todos nós, este movimento não deixa ninguém para trás.”

* Fonte: Portal PCdoB