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MP do DF promove operação para investigar fraudes na compra de equipamentos médicos

Divulgação/Ed Ferreira/Facebook/MPDFT

Uma investigação sobre supostas fraudes na compra de equipamentos médicos marcou a manhã desta quinta-feira (10) no Distrito Federal. O Ministério Público do DF deflagrou uma operação para investigar a existência de irregularidades na Secretaria de Saúde local. Também estão sendo cumpridos mandados judiciais em Goiás, São Paulo e Rio de Janeiro. O MP afirma se tratar de “um sofisticado esquema internacional de lavagem de dinheiro”.

Seis mandados de busca e apreensão têm como endereço a sede de uma das empresas fornecedoras e a casa de seu proprietário, em São Bernardo do Campo (SP). As fraudes teriam ocorrido entre 2009 e 2015, não havendo relação com a pandemia da Covid-19, segundo a investigação. “Por se tratar de fatos ocorridos em gestões passadas”, a Secretaria de Saúde disse, em nota, que não se manifestará.

Os investigadores apontam que servidores públicos da Secretaria de Saúde do DF “viabilizavam a prática das fraudes e permitiam a apropriação ilícita de uma infinidade de recursos públicos pela organização criminosa”. De acordo com o MP, o ex-secretário de Saúde, Rafael de Aguiar Barbosa, era o principal nome da coordenação das ações.

Ainda segundo a investigação, “também havia a participação, no esquema criminoso, de funcionários e sócios de outras empresas, por meio de falsas disputas nos procedimentos licitatórios a fim de justificar as fraudadas compras de equipamentos médico-hospitalares”.

Os promotores identificaram o uso irregular de R$ 123,2 milhões. Esse valor está relacionado a 11 processos licitatórios na Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal e teriam sido transferidos para outros países, como Suécia, França, Polônia, China e Estados Unidos.

A operação recebeu o nome de Gotemburgo. É uma referência à cidade sueca onde fica a sede da empresa que fabrica camas cirúrgicas e está sendo investigada.