O auxílio emergencial pode ser mantido até o fim do ano, mas com valor bem abaixo dos atuais RS 600. Foi o que indicou o presidente Jair Bolsonaro nesta quarta-feira (19). O ministro da Economia, Paulo Guedes, reforçou a tese. A ajuda é destinada aos trabalhadores que sofrem com a crise econômica neste período de pandemia da Covid-19.
“Os 600 (reais) pesa muito para a união. Isso não é dinheiro do povo, isso é endividamento. Se o país endivida demais perde a sua credibilidade para o futuro. O Paulo Guedes, alguém da economia, falou em R$ 200. Eu acho que é pouco, mas eu acho que dá para chegar num meio termo e buscarmos que venha a ser prorrogado por mais alguns meses, talvez até o final do ano”, disse o presidente durante a cerimônia em que foram sancionadas, por ele, duas medidas provisórias sobre o acesso ao crédito por pequenos empreendedores.
“Estamos estudando isso. O presidente estava hoje nos instruindo exatamente para lançar esta camada de preservação aí para frente. Evidentemente, não há recurso para pagar os R$ 600, mas o presidente disse: ‘olha, vamos tentar fazer o máximo possível, dentro dos recursos que temos, para ir esticando isso'”, detalhou Paulo Guedes.
Bolsonaro informou que a prorrogação do auxílio emergencial foi discutida na manhã de quarta com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). O governo vai precisar submeter ao Congresso um projeto de lei ou medida provisória, se for realmente mudar o valor do benefício. Na prorrogação anterior, que manteve a quantia original, não houve aval do Legislativo. A decisão ocorreu por decreto.