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Orlando Silva, Perpétua e Jerry destacam desprezo de Bolsonaro diante das 115 mil mortes por Covid-19

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Deputados do PCdoB voltaram a criticar Jair Bolsonaro (sem partido) após o País ultrapassar a marca de 115 mil mortos em decorrência da Covid-19. Enquanto protagonizava mais um ataque à imprensa ao se referir aos profissionais como “bundões”, o presidente ignorou o alarmante número de óbitos que a pandemia do novo coronavírus já deixou no Brasil.

“Então são só ‘bundões’ os mais de 115 mil brasileiros mortos pela Covid-19? Para Jair Bolsonaro, é isso… 115 mil mortos e ao invés de uma palavra de condolência, uma grosseria desumana. Quando abre a boca irado o presidente sempre expele asco, algo fétido”, disse o vice-líder da legenda, Márcio Jerry (MA), ao repudiar o comportamento do presidente.

Para o vice-líder da Oposição, deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), Bolsonaro se faz de valentão para ameaçar jornalista e insinuar que os mortos por Covid-19 são “bundões”. Mas, quando foi contaminado pelo novo coronavírus, esteve rodeado de médicos e realizava exames cardíacos diariamente.

“Faz isso cercado por seguranças, quando teve a doença foi tratado por uma junta médica e fazia dois exames cardíacos por dia. Bolsonaro é um covarde que enoja o país”, afirmou Orlando.

Ataque à imprensa

Menos de 24 horas depois de criar polêmica ao ameaçar um repórter que o questionou sobre os depósitos feitos por Fabrício Queiroz na conta da primeira-dama, Bolsonaro voltou a mostrar sua hostilidade diante de jornalistas.

“Aquela história de atleta , que o pessoal da imprensa vai para o deboche, mas quando pega num ‘bundão’ de vocês a chance de sobreviver é bem menor”, disse o presidente.

Após o ataque, a líder do PCdoB, deputada Perpétua Almeida (AC), voltou a questionar a postura de Bolsonaro. “Cadê o presidente ‘contido’? Voltou a atacar a imprensa. Chamou jornalistas de ‘bundões’. Nenhuma fala ou atitude deste presidente pode ou deve intimidar os jornalistas”, destacou a parlamentar.

Segundo dados atualizados, divulgados pelo consórcio de veículos de imprensa, o país ultrapassou as 115 mil mortes pela Covid-19. O presidente, no entanto, não fez qualquer menção às vítimas ou a seus familiares e lembrou que foi já contaminado pelo vírus.