Os primeiros 16 dias de setembro já foram suficientes para fazer o período ultrapassar todo o mês nove de 2007 no quesito focos de incêndio no Pantanal. Foram 5.603 detectados desta vez, contra 5.498 registrados há 13 anos, quando foi batido o recorde que permaneceu até agora.
É, portanto, a nova marca mais alta de focos de incêndio no bioma para o mês de setembro desde o início da série histórica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A contabilização começou em 1998.
O número de setembro de 2020 representou 94% acima do registrado em 2019, que teve 2.887 focos em 30 dias. Já a média histórica do Inpe para setembro é de 1.944 pontos de incêndio, o que significa que o nono mês deste ano já supera em 188% esse prognóstico.
Restando ainda outubro, novembro e dezembro para o ano acabar, 2020 já superou o recorde de queimadas em um ano para o bioma. Desde janeiro, o registro acumulado (até quarta-feira/16) é de 15.756 focos. O número mais destacado era de 2005: 12.536 focos. Neste caso, é verificada uma alta de aproximadamente 25,7%.
Os focos de incêndio no Pantanal também bateram recorde em julho, na comparação com meses equivalentes de outros anos. A série histórica ainda registrou o último agosto em segundo lugar na classificação entre os oitavos meses dos anos.