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Pedido de abertura de Instituição de Ensino Superior pública em Maricá é protocolado

Divulgação/Prefeitura de Maricá/Marcos Fabricio

Maricá está mais perto de ter, a partir de 2021, a sua primeira Instituição de Ensino Superior (IES) pública. Foi protocolado, no último dia 11, junto ao Conselho Estadual de Educação do Rio de Janeiro (CEE-RJ), o processo requerendo o credenciamento da Escola Municipal de Administração (EMAR) enquanto IES, e autorização para o funcionamento do primeiro curso.

Para a diretora geral da EMAR, Maria Inez Pucello, a criação da primeira IES em Maricá é um passo inovador na história do município.

“Demos um pequeno passo nesta longa caminhada no rumo de uma universidade pública no município e, de forma inovadora, pretendemos qualificar ainda mais os nossos servidores da Educação. Nós vamos fornecer meios para que os doutores e mestres da rede municipal atuem na formação de seus próprios colegas, na pós-graduação, ou na graduação de futuros docentes”, destacou.

Após a efetivação do credenciamento, a IES terá cinco anos para começar o seu primeiro curso, que tem previsão de início em meados de julho, de acordo com Evandro Sathler, assessor especial da EMAR.

“O nosso primeiro curso será um tecnólogo. Com a duração de dois anos (1.200 horas), teremos o curso de Gestão de Empreendimento Solidário. A formação já é uma demanda de servidores que lidam diretamente com os nossos projetos. Nós iniciaremos uma turma com 40 alunos no primeiro semestre e, em seguida, uma outra com mais 40”, explicou Evandro.

Ainda segundo Evandro, os maricaenses terão prioridade no acesso à IES. São 130 doutores e mestres já atuantes na educação do município. A EMAR planeja utilizar a sua própria estrutura, com um auditório de 100 lugares, uma sala menor com 30 lugares e as escolas do município no período da noite, quando não são utilizadas. Ao todo, Maricá possui 62 escolas municipais.

Paralelamente ao curso de Gestão de Empreendimentos Solidários, a instituição pretende iniciar um grupo de pesquisa para criar o curso de Pedagogia da Terra, que provavelmente deverá ter a primeira turma iniciada em 2022. Além disso, há a ideia da criação do mestrado em Educação Ambiental e Território, que, apesar de ter uma dinâmica diferente de autorização, está previsto para começar no final de 2022.

O cenário pandêmico global não desanima Evandro. Ele afirma, de maneira otimista, que os planos têm tudo para dar certo. “A previsão de início é em meados de julho. Como a pandemia atrasou os trabalhos, eles podem demorar mais tempo que o normal para nos credenciar. De toda forma, o nosso cronograma já está definido, e sabemos que vai dar tudo certo. A gente brinca que Cuba exporta médicos, e a gente quer que Maricá exporte professores”, completou.