Foi negado, pela ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), o pedido de Flordelis (PSD-RJ) para a suspensão da ordem judicial que determinou que a deputada federal utilize tornozeleira eletrônica. A parlamentar é ré no processo sobre a morte do próprio marido, o pastor Anderson do Carmo, assassinado em junho 2019. Sete filhos e uma neta do casal estão presos.
“As medidas fixadas na decisão questionada – monitoramento eletrônico e recolhimento domiciliar noturno – não dificultam ou impedem o exercício do mandato parlamentar, especialmente por ter sido consignado pelo juízo de primeiro grau estarem ‘excepcionados aqueles (atos) relacionados ao exercício do mandato parlamentar e das funções legislativas a serem desenvolvidos pela paciente”, considerou a ministra.
Flordelis é acusada de ser a mandante do crime. Porém, como possui imunidade parlamentar, não pode ser presa.
Advogados da deputada fizeram o pedido ao STF no fim de setembro. Na argumentação, eles contestaram a determinação da Terceira Vara Criminal de Niterói (RJ). O órgão definiu que a parlamentar usasse o equipamento e respeitasse o recolhimento domiciliar entre 23h e 6h, exceto quando Flordelis estiver atuando no Congresso.
A deputada se apresentou para colocar o dispositivo na última quinta-feira (8). Durante um culto realizado no sábado (10), em São Gonçalo (RJ), ela exibiu a tornozeleira dizendo a seguinte frase: “Isso não comprova nada”.