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Presidente do Vox Populi projeta queda de Bolsonaro em pesquisas presenciais: ‘Vão levar um susto’

Divulgação/Agência Brasil

Entre 11 e 12 de agosto, o Datafolha realizou uma pesquisa que teve como resultado o recorde de popularidade favorável ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) desde que seu mandato foi iniciado. Ele subiu de 32% para 37% na aprovação e viu a rejeição cair dez pontos percentuais. Tudo isso no embalo do auxílio emergencial, ainda que o valor de R$ 600 tenha sido alcançado pela oposição, após o governo federal propor a quantia de R$ 200. Para o presidente do Instituto Vox Populi, entretanto, o estudo teve “baixa qualidade” e quem acreditar numa crescente tem grandes chances de se surpreender.

“Se o Datafolha achasse que pesquisa telefônica era boa, por que a vida inteira fez pesquisa presencial?”, questionou Marcos Coimbra, no último sábado (29), durante o 4° Mutirão Digital Lula Livre.

No entendimento do presidente do Vox Populi, há uma diferença impactante entre os resultados de uma pesquisa presencial e os apresentados pelas realizadas via telefone, como vem ocorrendo em função da pandemia do novo coronavírus. Coimbra destacou que no interior do Nordeste, por exemplo, menos de 50% da população tem acesso ao celular.

“Quando começarem a sair, outra vez, as pesquisas feitas presencialmente, com todo mundo, muita gente vai levar um susto. Todo mundo que embarcou nessa ideia de que Bolsonaro consolidou aprovação superior a um terço, chegando a 40%, tem grande probabilidade de cair do cavalo”, projetou.

Outro ponto levantado por ele é o engajamento do entrevistado. Um longo questionário para ser respondido de forma não presencial faz o número de participantes interessados em completar a consulta despencar, de acordo com Coimbra.

“Primeiro, você não acessa todo mundo. Segundo, tem uma barreira, que é o desinteresse”, enfatizou.