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Processo em que Serra e filha são réus é suspenso

Divulgação/Rovena Rosa/Agência Brasil

Durou poucas horas o anúncio de que José Serra (PSDB) e sua filha, Verônica Allende Serra, eram réus por lavagem de dinheiro. A Justiça Federal chegou a aceitar, na quarta-feira (29), a denúncia realizada pelo Ministério Público Federal (MPF), mesmo após o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, ter suspendido todas as investigações da Lava Jato sobre a campanha do senador e ex-governador de São Paulo. Mas, nesta quinta, por decisão do juiz federal Diego Paes Moreira, a ação penal foi suspensa. 

Há suspeita de caixa dois em uma das apurações. Este caso está ligado à campanha de Serra na disputa pelo governo paulista. Em outra, a investigação é por suposta lavagem de dinheiro em obras do Rodoanel Sul, no período em que ele comandou o estado. Ambas as acusações são negadas pelo senador.  

“Em que pese a decisão do STF não determinar de forma explícita que a presente ação penal seria abrangida pela determinação de suspensão, eis que em sua redação consta a indicação de que foi determinada a suspensão da investigação deflagrada, por cautela entendo que a presente ação penal deve ser suspensa até nova ordem do Supremo Tribunal Federal. Assim, em cumprimento ao quanto determinado pelo Supremo Tribunal Federal na Reclamação 42.355, suspenda-se o andamento dos presentes autos”, informa o juiz no documento desta quinta. 

“Ressalto que, conforme consta do Sistema PJe, a decisão de recebimento da denúncia foi proferida às 18h04, antes que este Juízo tivesse conhecimento da decisão proferida pelo E. STF”, explicou Diego Paes Moreira no despacho. 

O MPF, em nota, considerou “indevida” a suspensão do processo. Além disso, afirmou que “adotará as providências cabíveis a fim de, oportunamente, retomar a ação penal instaurada”.